Foi um bom tempo que deixará saudade. Um tempo onde não foi possível ter a liberdade de uma borboleta, porém isso não me afetou. Encontrei jeitos novos de me alegrar, fiz dentro de mim uma sinfonia interminável, reposicionei as notas que estavam erradas e fiz meu coração bater segundo o ritmo que eu ditava.
Escrevi tristezas e desilusões na areia e deixei que o vento as levasse para bem longe, não me importei com o tempo, parei de pensar apenas no presente, tirei o foco das coisas que não mereciam tanta atenção, perdoei a mim mesma pelos meus erros, pois cheguei à conclusão de que nada aprenderia se não fossem eles. Consegui tempo para olhar as estrelas e me envolver profundamente no perfume das flores.
Prestei atenção no brilho dos olhos de uma criança e descobri um novo mundo através da felicidade neles explícita. Vi príncipes perdendo o encanto e mesmo assim continuando majestosos. Encontrei amizade onde não buscava e percebi que a realidade não é tão difícil de ser encarada quando se tem ao seu lado pessoas que te amam.
Estourei minha bolha e troquei um ‘existir’ por ‘viver’, parei para olhar a minha volta e agora sei que ainda mais que dos problemas, gosto de resolvê-los. E hoje as lágrimas que antes escorriam por tristeza, molham meu rosto por felicidade.