sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Futuro incerto

Desde que 2015 começou, o que pode não ser muito tempo, depende do ponto de vista, tenho tentado decidir o que esperar de mim, desse ano, dos vestibulares, da minha família, enfim, de tudo que me rodeia. Tenho feito inúmeros planos do que pode acontecer, de como tudo pode mudar ou de como esse ano pode ser um dos piores da minha vida.
Passei todos esses dias tentando escolher como me posicionar. Primeiramente, pensei em ser pessimista, porque se tudo desse errado, já seria o esperado; e, caso desse certo, seria uma enorme surpresa. Mas, depois de algumas lágrimas e alguns dias terríveis, decidi que essa não era a melhor escolha, optei assim pelo otimismo, sei o quanto me esforcei no último ano, o quanto batalhei pelos meus sonhos, portanto, não havia nada de errado em ter esperança, em acreditar num futuro melhor. Porém, depois de ponderar essa decisão, também percebi sua falha: não sou capaz de lidar com essa possibilidade de me decepcionar. Não sou capaz de ser otimista.
Passei os últimos tempos angustiada, tentando entender o que eu deveria esperar, o que deveria querer. Mas acabei por perceber que não é sobre o que se deve sentir ou o que planejar, é sobre viver. Sobre entender que a vida tem mesmo seus caminhos e que eu não preciso ficar pensando nisso, porque a minha parte já foi feita, não depende mais de mim, nem da minha vontade de que qualquer coisa aconteça. Custei a perceber que esse meu tempo de espera é, também, meu tempo de vida e a última coisa com a qual quero gastá-lo é esse sentimento de agonia, de incapacidade e de medo. Decidi, então, que esperar não é o foco nesse momento, viver é.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

pequeno escrito de 2010

Senti saudade,de coisas,de momentos,de pessoas,de épocas. Senti falta do modo que as pessoas me tratavam,do que eu fui. Quis voltar à minha infância,acreditar que um dia as coisas podem ser como antes,que minhas dúvidas serão solucionadas e que a vida irá parar de ser tão cruel com quem não merece.
Quis ficar a toa a tarde inteira,pensei em como as pessoas mudaram,como apagaram fácil as outras pessoas de suas vidas,na tênue importância que dão aos sentimentos,na valorização extrema de desejos e vontades. O modo como todos se submetem a seus vícios,pensando serem fortes para saírem deles mais tarde,um mais tarde que infelizmente nunca chega.
Às vezes, não sou capaz de lembrar o que estou fazendo aqui, em um mundo tão sujo,nojento. É repugnante ter que estar no meio de tudo isso, fazer parte de uma sociedade que não aceita mudanças, modos diferentes de agir e pensar. Onde o preconceito predomina por todos os lados. Não há como justificar,não há um porque para tudo isso. Ninguém se importa,não fazem nada para mudar. Alguns até ficam preocupados,porém continuam a agir da mesma maneira, esperando que comece pelos outros.
Não pode ser assim,não podemos esperar os outros,que tudo seja 'a começar em mim'.