sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Texto descoberto em uma folha de um caderno aposentado

Não sei o que faço, nem porquê escrevo. Sei que são três e meia da tarde de uma quinta-feira ensolarada, a tarde está linda fora dos portões da escola. Aula de redação, há um tema proposto me esperando, mas não sinto vontade de dissertar sobre ele. Como se a minha vontade importasse para alguém, nem para mim mesma importa.
Provavelmente esse será mais um dia desperdiçado. Não que eu ache um desperdício de tempo ter aulas a tarde, mas o dia lá fora me impede de prefirí-las à minha cama e boas horas de ócio. E a melhor notícia de hoje é que há um ensaio extra do teatro marcado e uma matéria razoavelmente insuportável de gramática me aguardando em casa. Sim, será mais um dia desperdiçado, não com coisas inúteis, porque essas me agradam, será um dia desperdiçado com o conhecimento e com missões outorgadas, as quais não sinto prazer ao realizar.
Não sei, talvez eu só tenha acordado melancólica e crítica, com uma mania chata de questionar e de parar para pensar em uma vida que não anda, ou que talvez ande mais rápido do que consigo compreender.

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